Pedro e o seu machado

Pedro, um ótimo lenhador, após grande trabalho numa area de desmatamento, ficou desempregado. A madeira preciosu reduzir custos... Saiu, então, à procura de novo trabalho.

Seu tipo físico, porém, muito franzinho, fugia completamente do biótipo de um lenhador.

Em suas andanças, Pedro chegou a uma área reflorestada que estava começando a ser desmatada.Apresentou-se ao capataz da madeireira como um lenhador experiente. O capataz, após olhar o tipo miúdo do Pedro, disse que precisava de pessoas capazes, e não de "catadores de gravetos".

Pedro, necessitando do emprego, insistiu...Pediu que lhe fosse dada uma oportunidade para demonstrar sua capacidade. O capataz resolveuentão levar pedro à área de desmatamento.

Sob os olhares dos demais lenhadores, pedro se postou frente a uma árvore de grande porte e, com o grito de "madeira", deu uma machadada tão violenta que a árvore caiu logo no primeiro golpe. Todos ficaram atônitos! Pedro foi admitido na madeireira.

Seu trabalho era elogiado por todos, principalmente pelo patrão. O tempo foi passandoe, gradativamente, Pedro foi reduzindo a quantidade de árvores que derrubava. O capataz que, apesar da rudeza, era um homem vivido, chamou Pedro e o questionou sobre o que estava ocorrendo.

-Não sei, nunca me esforvei tantoe, apesar disso, minha produçãoestá decaindo - respondeu Pedro.

O capataz pediu, que Pedro lhe mostrasse o seu machado. Notou que estava cheio de "dentes" e sem o "fio de corte", perguntou ao Pedro:- Por que você não afiou o machado?

Pedro, surpreso, disse que estava trabalhandomuito e não teve tempo de afiar a sua ferramenta.

O capataz ordenou que Pedro ficasse no acampamento amolasse o seu machado. Só depois disso ele poderia voltar ao trabalho. Pedro fez o que lhe foi mandado. Quando retornou à floresta, percebeu que tinha voltado à forma antiga: conseguia derrubar as árvores com uma so machadada.

A lição que Pedro recebeu serve como grande exemplo para muitos de nós, que preocupados em realizar o nosso trabalho ou pior ainda, julgando que sabemos tudo o que é preciso , deixamos de "amolar o nosso machado", ou seja, deixamos de atualizar nossos conhecimentos, e sem saber porque, somos superados pelos outros. Em outras palavras, perdemos a nossa potencialiedade.

Muitos avaliam a experiência que possuem pelos anos em que se dedicam àquilo que fazem. Se isso

fosse verdade, aquele funcionário que aprendeu, em quinze minutos, a carimbar os documentos que lhe chegam às mãos depois de dez anos na mesma atividade poderia dizer que tem dez anos de experiencia .

Na realidade, tem quinze minutos de experiência repetida durante muitos anos.

Experiencia não é a repetição do mesmo trebalho, e sim a busca continua de novas soluções, tendo a coragem de correr os riscos que possam surgir. É perder tempo para "afiar o machado".